Falta de homens, truculência, demora e atendimento escasso do trabalho da polícia militar e guarda civil municipal foram os principais assuntos abordados na reunião do Conseg Monte Alegre, em Taboão da Serra. Cerca de 50 moradores participaram ativamente do encontro. O pedido de patrulhamento constante foi unanime.
Uma visível insatisfação perante a atuação das corporações da cidade, que por sua vez, “colocam medo nos moradores”, segundo eles, seguida de indignação com o tratamento perante aos munícipes e falta de comprometimento foram questionados ao capitão Will (PM) e comandante Fagundes (GCM).
Possíveis delações dos moradores denunciantes sobre os diversos delitos que assolam os bairros do município como tráfico de drogas, roubos a pessoas e veículos, além de furtos também foram temas levantados pelos moradores que alegam não saber mais a quem devem recorrer diante de tantos problemas.
“A cidade já não conta com políticos de confiança. A polícia que deveria nos proteger, causa medo, não atende o chamado quando solicitado e não respeita os moradores. A GCM não sei para que existe, já que nunca atende o telefone (153). A quem vamos recorrer para uma solução dos problemas que cada bairro da cidade apresenta”, disse uma moradora indignada.
“Se a gente for depender dessas pessoas (políticos, polícia e GCM) estamos à mercê da criminalidade. Quando ligamos no 190 esperamos proteção, mas nenhuma viatura aparece quando chamada. Desisto de recorrer a polícia. Os moradores estão descrentes”, observou um morador.
De acordo com os moradores, é escasso o patrulhamento das corporações nas ruas dos diversos bairros que o município compreende. “Pedimos pelo menos o patrulhamento, para garantir a nós (munícipes) a sensação de segurança e para que os crimes sejam prevenidos, para que não sirvam apenas como estatística ”, completou outro munícipe.
Segundo o capitão da polícia militar, Will, ele faz o possível com os veículos e os homens que conta na 4ª Companhia. “Aloco (direciono) o patrulhamento basicamente após estudos (análises) de boletins de ocorrência, informações da comunidade, noticiais de jornais em papel e eletrônicos e onde há o maior número de ocorrências. Minha prioridade zero é roubo a pessoas e veículos”, afirmou.
O capitão informou que ao todo, 40 indivíduos são presos por mês pelos policiais da companhia, mais de 5 mil ocorrências são atendidas por mês e destas, 4.500 são de cunho social (problemas nas residências [brigas], acidentes sem vítima, desabafo de moradores), “atendimentos como esse é uma viatura a menos”, observa.
Em relação ao atendimento, Will afirmou que é necessário, já que esses problemas de falta de comparecimento da viatura estão acontecendo, exigir a viatura. “É direito de vocês, exijam”, completou.
A demora na elaboração do Boletim de Ocorrência também foi debatida. Os moradores afirmaram que quase ninguém faz B.O, “por tomarem chá de cadeira”, disseram. Denúncias de locais que contam com tráfico de drogas, estupro e roubos foram indicados para as autoridades.
A importância do Boletim de Ocorrência e da presença dos moradores na reunião foram levantadas por Maria de Lourdes (ACE de Taboão), Maria Amélia (Coordenadoria da Mulher) e Cida Borges (presidente do Conseg).
Fonte: Jornalnet.com.br
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