quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Guardas estão preparados para dividir o policiamento de rua com a Brigada Militar.
O secretário dos Direitos Humanos da Capital, Nereu D’Avila, acredita que no futuro a Guarda Municipal possa dividir o policiamento de rua com a Brigada Militar. Confira:
Zero Hora – Como a Guarda Municipal está preparada para atuar no policiamento ostensivo?
Nereu D’Avila – Nesse último concurso, cerca de 70 agentes foram contratados. Gente jovem, de 22 a 35 anos, não só na idade como na disposição. Precisaram passar por prova de tiro, que foi bastante seletiva. Também foi feito um exame psicológico. Eles sabem manusear armas. Eu prego que, além do patrimônio, os guardas já estão preparados para cuidar da segurança da população e que tenham mais poderes policiais.
Zero Hora – Mas o senhor já deu algum passo em direção a isso?
Nereu– Tentei uma vez, há uns dois anos, mas não obtive sucesso. É que isso é contra a Constituição, porque o poder de polícia pertence à polícia judiciária e às polícias militares. No Rio de Janeiro e em São Paulo, conseguiu-se essa parceria, por um acordo entre eles, o que aqui não se aceita. Mas chegaremos lá. Acho que o guarda fardado, armado, disciplinado e com capacidade de usar arma tem tudo para ajudar na luta contra os assaltos.
Zero Hora – Como poderia ser no futuro?
Nereu – Poderíamos dividir as rondas, fechando os espaços possíveis para o crime, protegendo a população. Porque, apesar de toda a qualidade, a Brigada Militar não consegue dar conta de toda a cidade. Para isso, tem de haver um acordo, um plano. Não basta eu ir lá com esta intenção, tem que ser uma política coordenada com a Brigada Militar e a Polícia Civil.
Guarda Municipal usará arma não letal na Capital
Pistolas serão usadas a partir de novembro, em mais um passo para tornar unidade uma força policial
A Guarda Municipal de Porto Alegre dá mais um passo em direção a um sonho recente, o de se tornar força policial. Foram adquiridas 80 armas não letais, que devem entrar em uso por 160 agentes no próximo mês. As pistolas Taser custaram cerca de US$ 160 mil (R$ 281,4 mil) e foram compradas em 2010 com recursos do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
Por uma burocracia alfandegária, os equipamentos ficaram retidas por cerca de oito meses, sendo liberados no final do ano passado. Os meses que se seguiram foram de um processo licitatório para a contratação de uma empresa que pudesse dar treinamento aos agentes. A empresa foi escolhida e iniciou os trabalhos no começo deste mês. Até novembro, o treinamento deve ser finalizado, diz o secretário de Direitos Humanos da Capital, Nereu D’Avila, a quem a Guarda Municipal é subordinada.
Concursados empossados têm porte e treinamento de tiro
Desde 2003, com a Lei do Desarmamento, as guardas municipais do país ganharam o direito ao porte de arma. Em Porto Alegre, a ideia da atual gestão é que, em vez de se responsabilizar apenas pelo zelo de praças, prédios públicos, parques e escolas, a guarda tenha uma maior atuação no policiamento ostensivo. Uma das últimas investidas da Guarda Municipal neste sentido se deu em fevereiro deste ano, quando 67 concursados foram empossados no órgão, todos com porte de arma e treinamento de tiro.
Conforme o secretário Nereu, os 160 servidores destacados para realizar o treinamento para manusear a arma não letal integram mais uma ação para proporcionar segurança à população, mas também uma tentativa de se fazer útil junto ao policiamento de rua. Nereu reconhece que dividir o espaço nas ruas com a Brigada Militar ainda está distante de ser uma realidade, mas diz que a Guarda Municipal está com todos os requisitos para aumentar a segurança:
– Essa nova leva de concursados é jovem. Estão todos sendo formados para assumir riscos e atuar mais na linha de frente dos crimes – destacou o secretário.
Fonte: abamf
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