BATALHÃO DE OPERAÇÕES POLICIAIS ESPECIAIS BOPE.
O SÍMBOLO
Dificilmente alguém que tenha o mínimo conhecimento sobre o Bope não saberá que a faca na caveira simboliza a vitória da vida sobre a morte, mas poderia -se simbolizar a vitória sobre a morte com vários outros ícones.Então, o que ‘diz’ a faca na caveira?A origem ainda é incerta, porém comenta-se que durante a Segunda Guerra mundial um grupo de commandos das forças aliadas teria ido a um campo de concentração nazista para libertar prisioneiros.Ao entrarem na sala de um dos oficiais alemães verificaram que haviam ‘’troféis’’ macabros, como crânios e ossos humanos humanos.Foi quando, num gesto de indignação um soldado tirou uma adaga de seu uniforme e cravou em cima de um crânio, e bradou a todos que a vida, naquele momento, venceu a morte.
GÊNESE E OBJETIVOS
Criado em 19 de Janeiro de 1978 como Núcleo da Companhia de Operações especiais(NuCOE), através de um projeto elaborado e apresentado pelo capitão Paulo Cesar Amêndola de Souza a seu superior, o Cel. Mario José Sotero de Menezes , o Batalhão inicialmente foi sediado no CFAP-31 de voluntários.Em 1982, devido ao boletim d epolícia de nº 33, por resolução do Comandante GeraL da PM, o NuCOE passou a funcionar dentro das intalações do Batalhão de Polícia de Choque.Dois anos mais tarde, em 1984, outro boletim , de nº 120 , dava mais autonomia ao Batalhão ,que teve sua sede transferida para as instalações físicas do Regimento Marechal Caetano de Farias .Passou a se chamar NuCIOE (Núcleo de Companhia Independente de Operações Especiais),contudo ainda era subordinado administrativamente pelo batalhão de Choque.
Só através de um decreto lei de março de 1988, foi criada a CIOE (Companhia Independente de Operações Especiais)essa sim tendo direito de executar suas próprias missões em todo o Estado do Rio, desde que ordenadas pelo Comandante geral da PM.
O BOPE, como se conhece hoje, surgiu em 1991 e ganhou sede própria apenas em 2000.Localizada no morro do Pereirão no bairro das laranjeiras;a área por muitos anos foi reduto de traficantes,os quais fugiram de lá ou mesmo foram presos ou mortos com as ações da polícia.
Os objetivos que levaram a criação do BOPE e justificam sua existência podem ser resumidos em dez:
1 - Combate ao crime organizado, visando a captura ou neutralização de seus agentes;
2 - Captura de delinqüentes, fortemente armados e entrincheirados;
3 - Resgate de pessoas mantidas reféns;
4 - Atuação nas rebeliões de presos e estabelecimentos prisionais e nas unidades concentradoras de presos;
5 - Apoio às atividades específicas de Defesa Civil;
6 - Apoio às Operações Policiais Militares em favelas em que quadrilhas organizadas estão posicionadas e fortemente armadas,
7 - Execução de Operações Especiais de Polícia, por longo período de tempo, em áreas urbanas ou rurais, em terrenos montanhosos ou pantanosos, em zonas ribeirinhas ou costeiras;
8 - Execução de Operações helitransportadas, em missões como: Salvamento, localização de marginais entrincheirados em favelas, perseguições aéreas e similares;
9 - Apoio ao Departamento do Sistema Penitenciário (DESIPE) nas escoltas de presos de alta periculosidade;
10 - Execução de missões no Campo da Contraguerrilha Urbana e/ou Rural.
INICIAÇÃO E TREINAMENTO
Para ingressar no Bope o PM interessado deve inscrever-se no COESP (Curso de Operações Especiais) ou no CAT e conseguir concluir todas as etapas de cada curso. Os que não conseguem são desligados, e sua participação se resumirá a uma cruz branca, onde antes há uma placa provocativa que diz ‘’aqui jazem os fracos’’.
O COESP fluminense é considerado o melhor curso do gênero em todo o Brasil. Tem duração de 3 a 5 meses e é realizado de dois em dois anos numa área em torno da represa de Ribeirão das Lajes, localizada em Paracambi, Estado do Rio. Tendo como maiores inimigos o frio, o sono, a fadiga e a tensão, a maioria dos ‘’aspiras’’(aspirantes) são desligados ainda na primeira ‘’semana’’(que na verdade corresponde a 15 dias), ao passo que no final não mais que 20% dos inscritos conseguem aprovação!!!
A ‘’guerra’’ começa no inicio do dia: sempre há a escolha de um líder. Para ele e os demais são dadas tarefas que exigem habilidade e rapidez, tais como descer uma ribanceira equipados, guardar o equipamento, sentar sob uma tenda improvisada como sala de aula. Tudo isso em 2 minutos!!! De noite um aluno do Coesp dorme em média 3 horas, e tudo o que ele come não é ‘’dado’’ e sim negociado em troca da execução de alguma atividade.
Certas vezes os cursos de ingresso ao BOPE podem parecer ‘’insanos’’ como algo que beire o abuso de poder. Porém cada um deles é preparado com 2 anos de antecedência, tendo objetivos bem claros definidos em reunião. No caso do COESP,cerca de 80 PM’s revezam-se nas instruções durante cada edição.
PIORES MOMENTOS QUE JÁ OCORRERAM EM TURMAS DO COESP.
Prova do Cavalo sem cela- o aspirante deveria realizar uma marcha de 120 km montado num cavalo sem cela.Não é rara a ocorrência de fraturas nesse teste.
Escalada- Consiste numa prova na qual o PM deve subir por uma corda de 10 metros até seu término sem usar os pés.
Natação –O PM é ‘’convidado’’ a nadar 50 metros nado livre estando equipado de farda e coturno.É comum câimbras e até mesmo principio de afogamento nessa hora.
TREINAMENTO
O treinamento dado aos PM’s aprovados no curso do Coesp consiste tanto na aprendizagem de artes marciais, como Ving Tsun, Jiu Jitsu, Muay Thai, Kombato e Krav maga; bem como treino específico para a atividade policial.
No caso do treino mais direcionado a ações, são passadas as táticas de progressão em favelas, dentre as quais destacam-se: ‘’dois por um’’(onde adentram num beco da favela dois soldados, um agachado, com a arma apontada para baixo e um em pé, com a arma apontada para cima);’’três meia zero’’(onde os PM’s fazem um circulo apontando suas armas para frente a fim de proteger um companheiro ferido ou fora de combate, que fica no meio do circulo);e o ‘’ataque surpresa’’ (policiais sobem por um lado do morro em silêncio e descem de rapel do outro lado para surpreender traficantes que defendem seus pontos na favela).
Numa ação real, uma patrulha do Bope é constituída de 8 a 20 homens, dos quais os mais experientes vão à frente deixando que os que estão atrás protejam as laterais e a retaguarda.
Uma equipe de patrulha de 8 homens é composta dos seguintes elementos: 1º Ponta de Vanguarda, 2º Ponta de Vanguarda, Comandante (comanda a patrulha), Tarefa Especial (é quem aborda e faz a revista em algum suspeito, ele também tem a função de conduzir equipamentos especiais ou homens presos, por exemplo), Atirador, Sub-Comandante (comanda os pontas de retaguarda), 2º Ponta de Retaguarda e 1º Ponta de Retaguarda. Toda a equipe se comunica através de gestos. O Comandante tem o papel de passar ás instruções via rádio para todas as equipes.
A Historia da ROTA
As Rondas Ostensivas de tobias Aguiar mais conhecidas pelo seu acrônimo ROTA, é uma modalidade de policiamento do 1º Batalhão de Policiamento de Choque - "Tobias de Aguiar" e é uma tropa reserva do Comando Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A ROTA constitui-se numa força tática que possibilita versatilidade, flexibilidade e forte capacidade de reação. A tropa empenhada no policiamento motorizado está apta a ser empregada em ações de controle de distúrbios civis mediante flexionamento imediato, através do agrupamento de viaturas, conforme o caso, Grupo, Pelotão, Companhia ou Batalhão de Choque.
Sufocado o foco da guerrilha rural no Vale do Ribeira, com a participação ativa do então denominado Primeiro Batalhão Policial Militar “TOBIAS DE AGUIAR”, os remanescentes seguidores, desde 1969, de "Lamarca" e "Mariguela" continuam a implantar o pânico, a intranqüilidade e a insegurança na Capital e Grande São Paulo. Ataques a quartéis e sentinelas, assassinatos de civis e militares, seqüestros, roubos a bancos e ações terroristas. Estava implantado o terror.
Mais uma vez dentro da história, o Primeiro Batalhão Policial Militar “TOBIAS DE AGUIAR”, sob o comando do Ten Cel SALVADOR D’AQUINO, é chamado a dar seqüência no seu passado heróico, desta vez no combate à Guerrilha Urbana que atormentava o povo paulista.
Havia a necessidade da criação de um policiamento enérgico, reforçado, com mobilidade e eficácia de ação. Incumbe-se à 2ª Cia de Segurança do Primeiro Batalhão Policial Militar, exclusivamente de Tropa de Choque, a iniciar o Patrulhamento Ostensivo Motorizado no Centro de São Paulo. Surge então o embrião da ROTA, a Ronda Bancária, que tinha como missão reprimir e coibir os roubos a bancos e outras ações violentas praticadas por criminosos e por grupos terroristas.
Campanha do Paraná, em 1894, conhecida como Revolta da Armada, quando defendeu a República dos Federalistas, avançando de Itararé – interior de São Paulo – até Curitiba – Paraná;
Questão dos Protocolos, em 1896, quando defendeu a capital do Cônsul da Itália, que revoltou-se pela morte de imigrantes alistados nas Forças Legais;
Guerra de Canudos, em 1897, sendo responsável pelo último combate que derrubou o Reduto de Canudos, comandado por Antônio Conselheiro. Suas ações foram positivamente citadas no livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, que a ele se referia como “Batalhão Paulista”;
Levante do Forte de Copacabana, em 1922, defendendo as fronteiras do Estado contra as invasões vindas do Paraná;
Revolução Constitucionalista de 1932, quando o povo paulista lutou pelo retorno do Brasil à Constitucionalidade, aclamando Pedro de Toledo como governador;
Golpe de 1964, quando participou da derrubada do então Presidente da República João Goulart, dando início ao regime militar com o General Castelo Branco;
Campanha do Vale do Rio Ribeira do Iguape, em 1970, para sufocar a Guerrilha Rural instituída por Carlos Lamarca.
Em 15 de outubro de 1970, este “embrião” passa a denominar-se "RONDAS OSTENSIVAS TOBIAS DE AGUIAR" – ROTA. É instalada na sede do “Batalhão Tobias de Aguiar” a central de comunicações com a finalidade de apoiar as viaturas em serviço. As viaturas são equipadas com rádio transceptor para maior agilidade nas Operações da Polícia Militar com a Base Aguiar ou com as viaturas no policiamento.
No dia primeiro de dezembro de 1970, data do aniversário do “Batalhão Tobias de Aguiar”, foi apresentada ao público uma inovação que viria caracterizar ainda mais os Policiais desta Unidade: A BOINA NEGRA, que para todos é um símbolo da grandeza de pertencer à ROTA e ,através dela, bem servir à população.
Assim surgiu a ROTA, um policiamento especializado, criado para atender todo tipo de ocorrência, em especial as que o policiamento comum não tinha condições de fazê-lo; um policiamento com doutrina e características peculiares; uma jornada até nossos dias por entre esta guerra diária nas ruas de São Paulo, em qualquer circunstância ou em qualquer situação, norteada pelo lema de “Dignidade Acima de Tudo”.
História das Guardas Civis Municipais ( ROMU ).
Mariana,Primaz de Minas berço da Civilização Mineira que teve seu primeiro corpo de guardas de cavalaria na época do período colonial,se tratando de guarda,a guarda civil foi extinta no período da Ditadura,vindo a corporação ser transferida para a Polícia Civil(antigo Dops)ou para Polícia Militar,como aconteceu com o pai do Dep.Estadual João Leite(Presidente da Comissão de Segurança)que se transferiu na época para o Dops(Polícia Civil MG)tendo em vista que o mesmo era Guarda Civil.
Nos anos 80 ou melhor em 1985 o prefeito Jânio Quadros em uma visita a Europa em busca de novo modelo de filosofia para a segurança pública do Município de São Paulo.Trouxe nos moldes da Europa novo conceito de policiamento municipal,vindo implantar e criar por força de Lei a Guarda Civil Metropolitana(GCM).
Com a nova reforma da Constituição em 88,o legislador preocupado com a segurança pública resolveu inserir de novo as Guardas Municipais no Caput do art 144 da CF que trata da segurança pública.Ressaltando que a criação da Guarda Civil Metrolitana(GCM) em 1986 foi um marco regulatório para o legislador perceber que as Guardas Civis não poderiam ficar de fora da Constituição Federal.
E falando em Guardas Civis Municipais como um novo modelo de se fazer prevenção,promovendo a cidadania a Secretária Nacional de Segurança Pública(Senasp),menciona em um dos seus artigos publicados referiu que "é no Município que as pessoas residem,é no Município que acontecem os problemas e as soluções,assim como é no Município é que o poder público está mais próximo do cidadão,que a comunidade procura solução para os problemas que os afligem"finaliza a Senasp.
Neste sentindo cabe a este ente Federado agir de forma pró - ativa e,tendo um diagnóstico da violência e da criminalidade local.Criando assim o GGIM(Gabinete de Gestão Integrada Municipal),onde os órgãos de segurança poderam se interagir juntamente com a sociedade civil organizada.Tendo em vista que é um dos cretérios para o Município aderir ao Pronasci(Programa Nacional de Segurança com Cidadania)
A Guarda civil Municipal ou Guarda Municipal, conforme disposição do § 8º, do artigo 144, da Constituição Federal, é uma agência administrativa municipal, que pode ser criada por lei específica da câmara dos vereadores da cidade, como instrumento de segurança pública do município. Seus componentes possuem as mesmas prerrogativas e obrigações legais que os funcionários municipais. A GCM, como é conhecida, pode ainda auxiliar os outros órgãos de segurança pública, tais como: a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Polícia Civil, Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares.
Essa denominação, entretanto, pode variar: na cidade de São Paulo recebe o nome de Guarda Civil Metropolitana e na cidade do Rio de Janeiro, Guarda Municipal. Tem-se convencionado o uso de uniforme azul marinho pelos guardas. No Rio de Janeiro foi adotado o fardamento cáqui para melhor diferenciá-los dos policiais militares.
As Guardas Civis são organizações de natureza eminentemente civil, não se confundindo com corporações militares. Quanto ao porte de arma, estão autorizadas a usá-las (Lei 10.826/2003, art.6º, III,IV,§.1º e §.3º).
Ronda Ostensiva Municipal - ROMU
Grupamento de Pronto emprego das Guardas municipais que tem como principal função o apoio à situações de crise nos prédios públicos municipais, garantir a execução dos serviços prestados pela Prefeitura assim como auxílio a segurança pública no âmbito de nossa cidade.
Várias GCMS por todo o país cria suas Romu (RONDA OSTENSIVA MUNICIPAL) em Natal até curso de patrulhamento eles mesmos ministram sem a necessidade de incomodar a PM.
GCM São Caetano do Sul - ROMU
GCM TATUÍ - ROMU
GCM RIBEIRÃO PRETO - ROMU
GCM AMERICANA - ROMU
ARMAMENTO QUE SERÁ USADO PELA ROMU
Essas prefeituras estão de parábens pela criação e investimentos na ROMU.
"A Farda não é uma veste, que se despe com facilidade e até com indiferença, mas uma outra pele, que adere à própria alma, irreversivelmente para sempre."
Fontes: http://landcombatcb.blogspot.com.br/2011_02_01_archive.html
http://amigosdaguardacivil.blogspot.com.br/2009/02/guarda-civil-natal-e-outras-romu.html
http://www.comentarium.com.br/frame-post.jsp?postID=2801708
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guarda_Municipal_(Brasil)
http://anjosguardioes.com/noticias/a-historia-da-rota.html
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